A arte de explorar o mundo é tema do Encontrinho de Mamães

A arte de explorar o mundo é tema do Encontrinho de Mamães

 

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Ter disposição para as primeiras aventuras, para as descobertas do dia a dia e para as brincadeiras que estimulam o desenvolvimento depende (e muito!) que as crianças tenham uma alimentação saudável desde cedo. E este foi o principal assunto discutido no último Encontrinho de Mamães do Bebê.com.br do ano, realizado em parceria com a empresa Nestlé na noite desta quinta-feira, 27, em São Paulo.

 

Com o tema "A arte de explorar o mundo", o bate-papo foi mediado pela editora da revista CLAUDIA Filhos, Maria Flor — mãe da Teresa, de 7 anos, e da Julieta, de 6 —, e teve a participação especial do pediatra Jairo Len, especialista em endocrinologia infantil, membro da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e médico do departamento materno-infantil do Hospital Albert Einstein; e da jornalista Chris Flores, mãe do Gabriel, de 8 anos, apresentadora do programa Hoje em Dia, da Record, e colunista da revista.

 

Durante o evento, as crianças aproveitaram para brincar e se divertir, enquanto mães e pais tiveram a oportunidade de esclarecer suas dúvidas sobre os cuidados e o crescimento dos pequenos. Confira abaixo os principais assuntos comentados e veja as dicas dos convidados para que seu filho seja sempre um explorador saudável e cheio de energia:

 

Nutrição

O bate-papo começou abordando um das maiores preocupações das mães: a alimentação do bebê. Para o Dr. Jairo Len, esse é o grande dilema que começa muito antes mesmo do filho nascer. "Muita gente sabe o que não dar, mas não sabe o que dar. Evita o refrigerante, por exemplo, mas esquece de oferecer outro alimento importante", avalia o pediatra. Esta é uma questão preocupante, em especial durante os primeiros mil dias de vida do pequeno — da gravidez aos primeiros dois anos. Isso porque, segundo Jairo Len, o cérebro do bebê engorda 1g por dia nestes dois anos, ou seja, com cinco anos de idade, a criança já tem cerca de 80% a 90% do cérebro formado. "Quem não for bem nutrido neste período, não terá muitas garantias para o futuro".

 

Amamentação

O pediatra Jairo Len apresentou alguns dados alarmantes sobre a amamentação no país. De acordo com um estudo de 2009 do Ministério da Saúde, no primeiro dia de vida, a média brasileira de aleitamento materno exclusivo é de 73%. Com um mês, essa taxa cai para 60%; com 4 meses, são 23%; já com 6 meses o número chega a apenas 9%! Um dos motivos para estatísticas tão preocupantes é a dificuldade que as mães têm em manter a amamentação depois que elas e os filhos têm alta do hospital, principalmente quando não há um suporte, já que o primeiro mês é o mais crítico e decisivo para o sucesso da amamentação.

 

Ter o auxílio de uma enfermeira especializada em aleitamento materno, para orientar sobre a pega correta, formato do bico do seio, produção de leite, entre outras questões que deixam as mães aflitas, faz muita diferença. Para o pediatra, oferecer esse tipo de serviço às mulheres aumentaria a amamentação no Brasil.

 

A jornalista Chris Flores aproveitou o momento e compartilhou a experiência que teve com o filho Gabriel. "O maior sonho da mulher quando ela está gestante é poder amamentar, é ter essa troca de energia, de amor com o bebê", declarou. No entanto, ela infelizmente amamentou menos tempo do que gostaria. "Eu tinha o bico dos seios invertido, tive que usar o bico de silicone, a bombinha... E isso dificulta mesmo! Quando você está em casa, até consegue, mas quando sai não tem lugar que comporte você esterilizar tudo", desabafou. A apresentadora falou, ainda, que com o primeiro filho a insegurança é ainda maior. "Começa o medo, a angústia, você acha que está fazendo tudo errado. E é mais fácil desistir do que insistir". Mas mesmo diante dessas dificuldades, Chris insistiu e conseguiu amamentar o filho por quatro meses — o pequeno acabou trocando o peito pela mamadeira quando teve icterícia e não estava ganhando peso. "Hoje, com a informação que eu adquiri, até mesmo para escrever o livro e o meu site, acho que eu poderia ter feito diferente. Mas na época, você fica tão preocupada vendo o seu bebê chorando de fome e você só quer atendê-lo", completou Chris Flores.

 

Desmame

Para o pediatra, falta orientação para as mães na hora do desmame e muitas delas acabam alimentando a criança com qualquer tipo de leite. Como alimentar o bebê no segundo ano e nos seguintes? "O leite materno não tem como questionar, tem todos os componentes necessários para o bebê. Mas depois dele, o composto lácteo é um bom intermediário", disse Jairo Len. Já o leite de vaca, de acordo com o especialista, tem cálcio e, principalmente, proteína em excesso — o que contribui para a obesidade dos pequenos. "O composto é um líquido balanceado, tem cálcio, fibra e proteína na medida certa", avaliou.

 

Alimentação

Comer demais ou de menos é uma das grandes preocupações das mães em relação aos filhos. "Quando chega a fase em que as crianças começam a olhar desconfiadas para a comida, fica mais difícil alimentá-las", comentou Chris Flores.  Mas ela compartilhou uma técnica de persuasão que aprendeu para fazer o filho se alimentar bem. "Eu sirvo a porção que eu sei que é a necessária para ele direto no prato — nem a mais nem a menos. Não coloco a travessa na mesa para ele não repetir, porque hoje meu filho é um touro, e se eu deixar ele come demais. Mas, se ele diz 'ah, mas isso eu não quero', eu digo que então não vai comer nada. A fome é o melhor tempero", brincou.

 

A jornalista e o pediatra também discutiram a preocupação com o consumo abusivo de refrigerantes. "O mesmo estudo de 2009 do Ministério da Saúde mostra que 1/6 das crianças de São Paulo toma refrigerante no primeiro ano de idade — o que eu acho que deveria ser proibido", alertou Dr. Jairo. A mãe Chris Flores comentou que é mais fácil controlar a alimentação da criança dentro de casa do que fora. "Comigo ele não toma. Mas se ele vai a uma festinha no buffet ou à casa de amigo onde só tem refrigerante, ele acaba tomando", lamentou. 

 

Fome oculta

De acordo com o pediatra Jairo Len, esse é um problema que atinge pessoas de todas as faixas etárias no mundo inteiro e pouca gente tem consciência disso. "A pessoa pode ser magra, mais gordinha ou esportista e, mesmo assim, ainda ter uma falta de nutrientes e vitaminas que ela nem sabe", explicou o médico. Para repor certos micronutrientes que não estão na alimentação, nós todos — adultos e crianças — recorremos à suplementação, em especial da vitamina D, que é uma das principais carências atualmente, assim como a vitamina A, ferro e selênio.

 

De qualquer forma, as mães não podem se descuidar da alimentação do filho. "Criança não gosta de nada verde. Com um ano e meio já começa a não querer todas as frutas, a separar a comida pela cor e acaba querendo apenas carboidrato e proteína. Mas tem que caprichar no prato!", reforçou Dr. Jairo. Os pequenos precisam de uma dieta equilibrada, comendo proteína animal, frutas e legumes variados. "O problema maior não é o que come, é o que deixa de comer", alerta o médico.

 

Intolerância à lactose

Outro assunto abordado no evento foi sobre os chamados "leites sem lactose", após uma pergunta que veio de uma mãe da plateia. O pediatra explicou que esses leites são muito escassos. Normalmente, o que se encontra no mercado são leites com lactase, que é a enzima que inibe a lactose no intestino. "É específico para quem é intolerante à lactose — o que é raro nos bebês, até porque o leite materno é 100% lactose, mesmo que a mãe seja ovolactovegetariana", afirmou Dr. Jairo. "O que o bebê pode ter é alergia à proteína do leite de vaca, que é comum e bem diferente".

 

Culpa

Esse sentimento é unânime entre as mães! Com a rotina tão atribulada que as mulheres levam atualmente, a jornalista Chris Flores disse que sente essa grande preocupação na troca de experiência que tem com as mães em seu programa na Record e em seu site. "O estresse agrava a culpa porque não temos tempo suficiente para dar o amor e o carinho aos nossos filhos na medida em que gostaríamos. Temos que trabalhar, cuidar da casa e ser essa mulher polvo, que faz de tudo um pouco", lamentou. "Com isso, às vezes, a alimentação passa a não ser a prioridade e acaba ficando em segundo plano. E quando você chega a um estágio em que seu filho está abaixo ou acima do peso, daí bate o pânico e a culpa piora ainda mais", completou.


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