Relato da Joice – Nascimento Alice – Parto Natural 13/09/2015
Relato da Joice – Nascimento Alice – Parto Natural 13/09/2015
26 de setembro de 2015 - 16:45
Relato de parto natural humanizado – Alice
Tudo começou em uma quinta-feira, dia 10/09, eu já estava de
licença maternidade há 20 dias. Eu estava tranquila, mas todos a minha
volta estava ansiosos pela chegada da Alice. Minha mãe, que mora no RS
chegou nesse dia para esperar o nascimento da Alice e poder nos dar
aquele help.
No dia 11/09 pela manhã fui a consulta no
obstetra. Ele fez o exame de toque e constatou colo fechado, grosso,
nenhuma dilatação, ou seja, nenhum sinal de que o parto aconteceria tão
cedo. Comecei a pesquisar na internet dicas para entrar em trabalho de
parto, então, espiando o grupo da Cris, achei o chá da bruxa, que não
sei se interferiu ou não, mas tomei ele na noite do dia 11.
No dia 12/09, um sábado lindo de sol, resolvemos ir passear no
horto florestal (córrego grande), afinal de contas, meu filho de 4 anos
(Vicente) precisava gastar uma energia. Caminhamos, alimentamos os
saguis, Vicente brincou no parquinho e fomos embora. Parada estratégica
no retorno de casa no Bistek, vontade de comer algumas bobagens.
Chegando no mercado, senti uma leve dor nas costas, próximo ao quadril.
Vale falar que ate então não tinha tido nenhum sinal de que o parto
pudesse estar perto. Nada do tampão, nem bolsa rompida, apenas algumas
contrações.
Chegando em casa resolvi dar aquela organizada,
fiz um bolo, levei meu filho na casa do coleguinha…sentia vontade de
estar em movimento. Enquanto isso as dores iam e viam bem desritmadas, a
cada 6, 9, 12, 5 minutos. Enviei mensagem pra Cris: “pródromos?” , e
veio a resposta já esperada: “sim, vida normal”.
Ok, não esperava que fosse assim tão inesperadamente…rsrs. Bora
jantar então. Pizza no forno e as dores de 6 em 6 minutos, ganhando
ritmo e intensidade. Outra mensagem pra Cris.
Minha mãe já me mandando pra maternidade e eu caminhando pela casa.
Eu que sofro com prisão de ventre, sentia muita vontade de fazer cocô,
precisei ir aos pés umas 5x nesse final de tarde. Por volta das 18hs as
dores já vinham de 3 em 3 minutos, há cerca de 40minutos. Como sou
obediente, rsrs, estava esperando fechar a 1 hora de contrações de 3 em 3
minutos. Mensagem pra Cris: “ vou tentar comer”. Vicente sem entender
nada, meu marido rindo, minha mãe preocupada e eu sem acreditar que tava
chegando a hora. Duas mordidas na pizza e outra mensagem pra Cris:
“estamos indo”, e fomos.
Chegando no ilha (por volta as 19hs), fazendo o
cadastro, chegou a Cris e eu fui para ser avaliada pelo médico, e para
minha surpresa já estava com 6cm. Médico nos mandou direto para sala de
parto. E as dores vindo cada vez com mais intensidade. Ducha, bola,
banheira, e muita massagem, e diga-se de passagem, ajudaram muuuuito.
Entre uma contração e outra, as 22hs a bolsa
rompeu com tudo. Escutamos um ploft e muito liquido desceu. Não percebi
mais intensidade na dor, só elas não davam trégua, foram regulares e
intensas ate a hora do expulsivo. Esse momento foi o mais “tenso”, pois
fazia força e parecia nada acontecer, acho que fiquei nessa situação por
mais de hora. Já me sentia incapaz e esgotada, e sim, pedi
analgesia…rsrs, mas meu marido e a Cris foram unânimes: “agora já era…”.
Sem margem para argumentos, e eu querendo ser contrariada, foi fácil,
me convenceram. Obrigada, rsrs…
E vai pra banheira, ducha, cócoras…opa, nessa posição consigo
fazer mais força. Bora nascer Alice!!! E a cada força que eu fazia,
procurava na expressão da Cris e da Camila (fotógrafa) uma resposta, do
tipo: ta saindo, vamos lá, mas para mim não havia diferença. Meu marido o
tempo todo atrás de mim, fazendo massagem.
Chegou a médica plantonista, Dra Mariana, sentou
na minha frente, numa simplicidade… “já vai nascer!”. Ok, vamos lá,
reunindo todas as forças, com uma ajudinha da médica, que teve que puxar
a Alice, os braços da Cris, que devem ter ficados doloridos de tanto eu
apertar (obrigada Cris, e desculpa!), o apoio do meu marido que não me
deixou desistir nem perder o foco, Alice veio ao mundo, às 00:41 do
domingo, com 3.850 kg, 51 cm, cheia de cabelo, e pêlos pelo corpo, com
cara de indiazinha, cabelos negros, olhos aparentemente castanhos
(oposto do meu primeiro filho, loiro, de olhos azuis e careca) e ao som
de “Se – Djavan”. Sim, por que eu fiz um playlist com 81 musicas para
curtir a chegada da Alice, entre elas Nando Reis, Cassia Eller, Marisa
Monte, Cat Stevens, Zeca Baleiro, entre outros clássicos.
Do útero direto para meus braços, que sensação,
que emoção!!! E nos meus braços ficou uma meia hora. Feita as
avaliações, ela retornou ao meu colo. Minha princesa recebeu nota 9 e 10
no Apgar!
Não comentei no início, mas meu primeiro filho
nasceu de uma cesária eletiva, por falta de informação e paciência da
minha parte….
Sou imensamente grata a minha doula, que me passou
segurança, me deu as informações que precisava, esteve o tempo todo ao
meu lado. À Camila, que prontamente chegou na maternidade e fez seu
papel com muita discrição e cumplicidade, a Mariana que interferiu
somente quando necessário, e foi super cuidadosa e gentil comigo. E ao
meu marido, que me apoiou desde o início da gestação, sempre me
acompanhando; no parto me dando força, coragem, foi o suporte e deu a
massagem que eu precisava…rsrs
Não me arrependo em momento algum de ter optado pelo parto normal, foi uma experiência única e indescritível!
Tempo de parto ativo: aproximadamente 7 horas!
Joice Palaoro
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