Gestação Mamães fitness: entenda em 7 passos a malhação na gravidez
Gestação Mamães fitness: entenda em 7 passos a malhação na gravidez
Segurar o xixi, ficar ofegante e não ter atenção aos alongamentos são os principais cuidados com atividades nesta fase
Dez dias após dar à luz seu primeiro filho, a modelo americana Sarah Stage mostrou a cintura impressionantemente fina e gerou uma discussão nas redes sociais, assim como fez durante toda a gravidez em que exibiu o “barrigão” definido na web. De um lado, admiradores. De outro, médicos, especialistas e mulheres contrárias à atitude criticando a preocupação excessiva com a estética durante a gestação.
        A modelo americana Sarah Stage mostra barriga definida aos 9 
meses de gestação e segura seu filho no colo 10 dias após o parto 
    
Foto: Reprodução
 A brasileira Bella Falconi, que há 24 semanas espera a primeira filha, 
também faz parte da geração de mamães fitness e agora tem mostrado como 
reduziu os treinos pesados em benefício da saúde da filha. “Quando 
descobri que estava grávida, eu parei de "treinar" e comecei a me 
exercitar, pois a partir daquele dia, eu não tinha mais metas com 
relação ao meu corpo. O "título" grávida sarada nada mais diz respeito 
do que ao estilo de vida que levo há anos, do qual eu continuo colhendo 
os frutos, mesmo que grávida”, escreveu.
 E é justamente isso que explica o ginecologista e obstetra Dr. Domingos Mantelli, autor do livro
 
  Gestação, mitos e verdades sob o olhar do obstetra
 
 . "Tem que entender que a mulher não ficou sarada na gravidez, ela fez 
atividade durante a gestação para manter o tônus muscular que já tinha",
 explica. Então, se você não tinha abdômen sequinho, músculos definidos e
 vida de atleta antes de engravidar, definitivamente, a gestação não é o
 momento para pensar nisso. Mas nem por isso deve abolir a ideia de 
trazer esta prática para sua vida, use os barrigões sarados como 
incentivo para deixar o sedentarismo de lado e ter uma vida mais 
saudável neste período.
        A atriz Deborah Secco descobriu que está grávida e disse se 
sentir insegura de praticar exercícios. A blogueira fitness Bella 
Falconi interrompeu os treinos intensos e trocou atividades que definem 
os músculos por uma rotina que prioriza os cuidados com a sáude 
    
Foto: Agnews / @bella.falconi / Instagram / Reprodução
 E como melhorar os hábitos na gravidez? A gente começa explicando que a
 dúvida não é só sua e a atriz Deborah Secco, que acabou de descobrir 
que está esperando o primeiro filho, disse em entrevista ao programa
 
  Encontro
 
 que tem receio de continuar com as aulas de pilates enquanto a barriga 
cresce. “Tenho um pouquinho de medo de fazer exercícios”. Calma, 
Deborah! A atividade física na gestação é de extrema importância e, com 
os cuidados certos e orientação médica (sempre!), só traz benefícios. 
Entenda:
  1º passo: de olho nos benefícios
 
Os treinos das mulheres grávidas estão longe de ser uma adaptação de atividades normais com a carga reduzida, assim como também não é igual para todas as futuras mães. Eles têm que ser adaptadoes individualmente, além de controlados, sem impacto e que visa o aumento do tônus das musculaturas afetadas na gravidez e no parto, como assoalho pélvico, costas e abdômen.
Os treinos das mulheres grávidas estão longe de ser uma adaptação de atividades normais com a carga reduzida, assim como também não é igual para todas as futuras mães. Eles têm que ser adaptadoes individualmente, além de controlados, sem impacto e que visa o aumento do tônus das musculaturas afetadas na gravidez e no parto, como assoalho pélvico, costas e abdômen.
 Ao lado do fortalecimento muscular, se exercitar prepara fisicamente as
 mulheres para o parto, principalmente o normal, aumentando a 
elasticidade e ajudando a aguentar melhor as várias horas que o processo
 pode levar. Esta mesma disposição é muito bem-vinda para equilibrar 
melhor as mudanças na rotina após o nascimento do bebê e voltar à forma.
 Manter o corpo ativo ajuda ainda a amenizar os desconfortos que a 
gravidez naturalmente traz, como dor nas costas e inchaço, é 
importantíssimo para lidar melhor com a onda de hormônios e controla o 
surgimento de doenças próprias da gestação como a diabetes gestacional e
 a hipertensão. Melhora também a autoestima e a qualidade do sono, 
aumenta a sensação de bem-estar e atua efetivamente no controle do ganho
 de peso.
  2º passo: já cuidando do bebê
 
Diversos estudos comprovam que os benefícios da atividade regular da mãe chega ao feto. A principal delas é o aumento de oxigenação e a melhora do fluxo de sangue que ajudam na melhor formação dos órgãos. Há ainda menores chances de gerar um filho obeso e com diabetes.
Diversos estudos comprovam que os benefícios da atividade regular da mãe chega ao feto. A principal delas é o aumento de oxigenação e a melhora do fluxo de sangue que ajudam na melhor formação dos órgãos. Há ainda menores chances de gerar um filho obeso e com diabetes.
        Apesar de ser bailarina e estar acostumada a rotina puxada de 
exercícios, Carol Vieira não se sentia disposta para malhar durante a 
gravidez do Lorenzo: "tinha uma preguiça que nunca senti na vida" 
    
Foto: @krolvieira / Instagram / Reprodução
  3º passo: contraindicações
 
Invariavelmente é o médico quem autoriza ou não quais, com qual intensidade e até quando a gestante pode malhar. Mas mulheres que sofrem com sangramento, ameaça de aborto, parto prematuro e placenta baixa estão entre as candidatas a terem as atividades suspensas até segunda ordem.
Invariavelmente é o médico quem autoriza ou não quais, com qual intensidade e até quando a gestante pode malhar. Mas mulheres que sofrem com sangramento, ameaça de aborto, parto prematuro e placenta baixa estão entre as candidatas a terem as atividades suspensas até segunda ordem.
 Em alguns casos, os médicos até sugerem que as mães com alguns 
problemas na gestação se mantenham ativas, mas para elas, não é tão 
simples como parece. Este foi o caso da ex-bailarina do
 
  Domingão do Faustão
 
 , Carol Vieira, mãe do Lorenzo, de oito meses. "Eu tive
 
  hiperêmese gravídica (doença que causa enjoos muito fortes)
 
 durante quase cinco meses. Cheguei a perder 9kg, não conseguia nem 
beber água porque não parava no estômago, fui parar na emergência quatro
 vezes neste período, foi horrível! Depois que passou, resolvi cuidar só
 das coisas da mudança de casa, do enxoval do neném e descansar. Sentia 
uma preguiça que nunca senti na vida", contou.
  4º passo: atenção aos limites
 
Ao contrário de Carol, a comissária de bordo Cimara Moutinho, de 38 anos, manteve a malhação em ritmo intenso durante toda a gravidez alternando caminhada, musculação e hidroginástica até oito dias antes do parto da filha Gisele, hoje com três anos. Ela faz parte do time das “mamães fitness” e, como sempre achou essa história de comer em dobro um descuido com a saúde, procurou se manter na linha para facilitar a gestação. Mas mesmo consciente e com recomendação médica, acha que pode ter exagerado um pouco nos treinos. "Na primeira gestação, me mantive disposta os nove meses. Na segunda, senti muito mal-estar, queimação, mas mesmo assim eu não deixava de praticar meus exercícios, me mantinha ativa para não me entregar. Eu fazia 5km de caminhada todos os dias, e hoje vejo que realmente era muito para uma barriguda", conta.
Ao contrário de Carol, a comissária de bordo Cimara Moutinho, de 38 anos, manteve a malhação em ritmo intenso durante toda a gravidez alternando caminhada, musculação e hidroginástica até oito dias antes do parto da filha Gisele, hoje com três anos. Ela faz parte do time das “mamães fitness” e, como sempre achou essa história de comer em dobro um descuido com a saúde, procurou se manter na linha para facilitar a gestação. Mas mesmo consciente e com recomendação médica, acha que pode ter exagerado um pouco nos treinos. "Na primeira gestação, me mantive disposta os nove meses. Na segunda, senti muito mal-estar, queimação, mas mesmo assim eu não deixava de praticar meus exercícios, me mantinha ativa para não me entregar. Eu fazia 5km de caminhada todos os dias, e hoje vejo que realmente era muito para uma barriguda", conta.
 Por isso, equilíbrio é a principal recomendação na hora de se mexer 
durante a espera do bebê porque exercício de mais ou de menos trazem 
prejuízos. Sabe aquela expressão “vá no seu ritmo”? Ela se encaixa muito
 bem aqui, já que ignorar os sinais do corpo em relação aos limites pode
 trazer sérios riscos.
 Primeiro, cuidado com as articulações. Durante a gravidez, o corpo 
produz um hormônio chamado relaxina. Ele deixa os ligamentos mais 
frouxos e a chance de torcer pés, tornozelos e punhos aumenta bastante. 
Além do desconforto da dor e da demora na recuperação, a queda pode 
machucar a barriga.
 Segundo, atenção à respiração. Ficar ofegante é ruim para a saúde do 
bebê, então se começar a sentir dificuldade para respirar durante o 
exercício, seja por cansaço ou dificuldade de executar o movimento, pare
 e pense: se você está com um pouco de falta de ar, automaticamente o 
feto também está e essa redução da circulação de oxigênio pode fazer mal
 a ele. O mesmo raciocínio se aplica à frequência cardíaca, que não deve
 passar de 170 batimentos por minuto. Se possível, treine com 
instrumentos que façam essa medição.
        A comissária de bordo Cimara Moutinho manteve a rotina de 
atividades durante a gravidez da segunda filha, agora com três anos 
    
Foto: Arquivo pessoal / Reprodução
  5º passo: cansaço ou preguiça?
 
A fadiga e o cansaço são limites dos mais importantes. E não, não é frescura. A carioca Roberta Gabriel, educadora física especializada em gestantes e responsável pelos treinos da apresentadora Fernanda Gentil, diz que driblar esta dificuldade é a principal reclamação de suas alunas. "Conseguir se manter ativa e saber diferenciar preguiça de cansaço extremo é o retorno negativo que elas mais trazem". E, completa: "se estiver exausta, ofegante, pode ser melhor uma soneca do que ir malhar. Perceba seu corpo e respeite os sinais da natureza".
A fadiga e o cansaço são limites dos mais importantes. E não, não é frescura. A carioca Roberta Gabriel, educadora física especializada em gestantes e responsável pelos treinos da apresentadora Fernanda Gentil, diz que driblar esta dificuldade é a principal reclamação de suas alunas. "Conseguir se manter ativa e saber diferenciar preguiça de cansaço extremo é o retorno negativo que elas mais trazem". E, completa: "se estiver exausta, ofegante, pode ser melhor uma soneca do que ir malhar. Perceba seu corpo e respeite os sinais da natureza".
 Mãe de um menino de seis anos e de uma menina de quatro meses, ela 
sentiu isso na pele. "Diversas vezes tive que diminuir a minha rotina de
 exercícios para não comprometer o bem-estar da minha bebê. Para 
descansar, eu tinha que abrir mão de treinar", lembra a fundadora da 
Academia da Gestante.
        A educadora física especializada em gestantes Roberta Gabriel 
tem dois filhos e aprendeu a observar os sinais do corpo durante este 
período: "diversas vezes tive que diminuir a minha rotina de exercícios 
para não comprometer o bem-estar da minha bebê" 
    
Foto: @robertagabrielpersonal / Instagram / Reprodução
  6º passo: cuidados
 
Segundo os especialistas, as gestantes podem se exercitar diariamente por, no mínimo, 30 minutos a partir do começo da gravidez, até o dia do parto. "Tenho alunas que treinaram de manhã e tiveram bebê à tarde", conta o educador físico Alexandre Alves, coordenador da academia especializada FitMommy, de São Paulo.
Segundo os especialistas, as gestantes podem se exercitar diariamente por, no mínimo, 30 minutos a partir do começo da gravidez, até o dia do parto. "Tenho alunas que treinaram de manhã e tiveram bebê à tarde", conta o educador físico Alexandre Alves, coordenador da academia especializada FitMommy, de São Paulo.
 A intensidade e o tipo de movimentos deve ser adequado para cada mãe, 
mas alguns cuidados servem para todas. As abdominais convencionais de 
academia, por exemplo, são abolidas porque aumentam a pressão na região e
 podem desencadear um trabalho de parto prematuro.  No lugar, entram 
esforços adaptados. "Após o quarto mês, tem que evitar fazer exercício 
de barriga para cima porque pode reduzir o o fluxo de oxigênio para o 
bebê", explica Alexandre.
 Além do exercício em si, fique atenta também aos ambientes: piscinas 
sujas e frequentadas por muita gente podem aumentar riscos de infecção. A
 alimentação ideal e a hidratação frequente também são de extrema 
importância. "Tem que beber bastante líquido e respeitar a necessidade 
de ir ao banheiro. Mesmo que pareça chato, a gestante não deve reter 
urina durante os exercícios", explica Roberta Gabriel.
 Vale lembrar que é sempre melhor treinar em períodos de temperaturas 
mais amenas, buscar os horários mais vazios nas academias, garantir um 
tênis que não ofereça perigo de escorregar e ter atenção aos tops para 
que a sustentação do seio esteja adequada.
  7º passo: atenção à modalidade
 
Foi-se o tempo em que as grávidas lotavam as aulas de hidroginásticas. Apesar da natação, pilates e caminhada serem as mais populares e recomendadas, as futuras mães estão liberadas para quase todas as modalidades, desde que seja recomendada pelo obstetra. Musculação, alongamentos, ioga, ginástica funcional e exercícios aeróbicos são todos bem-vindos.
Foi-se o tempo em que as grávidas lotavam as aulas de hidroginásticas. Apesar da natação, pilates e caminhada serem as mais populares e recomendadas, as futuras mães estão liberadas para quase todas as modalidades, desde que seja recomendada pelo obstetra. Musculação, alongamentos, ioga, ginástica funcional e exercícios aeróbicos são todos bem-vindos.
 "A principal recomendação para todas as grávidas é evitar atividades de
 impacto. Para as sedentárias, o ideal é priorizar aquelas que mexam 
mais com a musculatura e os ligamentos do que com o aeróbico", explica o
 Dr. Domingos Mantelli.
 Por isso, o treino ideal na gestação é aquele que tem como base o 
histórico físico e fitness de cada mulher e, paralelamente, respeite o 
desenvolvimento gradual da gestação a cada mês. "Quando chega uma aluna 
muito corredora aqui, coloco um limite pra ela que geralmente vai 
deixá-la correr até o sexto mês, mas em um volume muito menor. A mulher 
não é proibida, mas ninguém vai começar a correr na gestação", explica 
Alexandre.
 Na lista de modalidades proibidas estão esportes coletivos como vôlei e
 futebol, lutas em geral, surfe, stand up paddle, ciclismo, escalada ou 
qualquer outro que tenha risco de queda.
#gestação #gravidez #gravida #parto #obstetra #obstetrícia 

 
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