Gestação de alto risco: como identificar?

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Gestação de alto risco: como identificar? 

Saiba como prevenir e tratar as principais doenças que acometem mulheres e fetos durante a gravidez



A gestação é um fenômeno fisiológico e, por esse motivo, sua evolução se dá, na maior parte dos casos, sem intercorrências médicas. No entanto, de 15 a 20% das mulheres grávidas, por serem portadoras de alguma doença ou desenvolverem problemas após engravidar, apresentam maiores chances de risco para o feto. Nesses casos, a gestação é considerada de alto risco. De acordo com o Dr. Edílson Ogeda, ginecologista e obstetra do Hospital Samaritano, as características que definem essa situação podem ser divididas em dois grupos: as que acontecem antes e as que surgem durante a gestação. “Em relação ao primeiro momento, a idade materna acima de 35 anos, algumas patologias pré-existentes como diabetes, hipertensão arterial, problemas cardíacos e renais, além de outras doenças crônicas, representam um aumento nesse fator de risco”, informa o médico.

 
 
 
 
 
 
 
 
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Já no segundo grupo estão a diabetes gestacional, as síndromes hipertensivas, as doenças infecciosas maternas e fetais e o diagnóstico de malformações do feto. Para todos os casos, Dr. Ogeda recomenda um pré-natal adequado com o acompanhamento de um especialista. “Na maioria das vezes, principalmente nas síndromes hipertensivas, o obstetra conduz apropriadamente o diagnóstico e o tratamento para a gestante. Porém, em casos de cardiopatias, alterações graves no coração ou diabetes de difícil controle é necessária uma equipe multidisciplinar para avaliação e condução do tratamento”, explica.
Para o Dr. Ogeda, nos casos em que as mulheres já possuem algum tipo de doença, a melhor forma de prevenir a gestação de alto risco é realizar um aconselhamento médico no momento do planejamento da gravidez. “O ideal é que, antes de engravidarem, as mulheres portadoras de alguma patologia procurem seu médico especialista e um obstetra para verificar quais medidas devem ser tomadas”, relata.

Como exemplo, ele cita pacientes que possuem hipertensão arterial crônica e já fazem tratamento com alguma medicação. “Alguns medicamentos podem ser contraindicados na gestação e, por isso, precisamos alterá-los a fim de que a mulher seja compensada clinicamente”. Em casos de gestação não planejada, o conselho é realizar essa avaliação com um especialista logo após a confirmação da gravidez.
As doenças que surgem durante a gravidez podem ser diagnosticadas em diferentes fases da gestação. “Normalmente, a hipertensão ocorre depois da 20ª semana, assim como o diabetes, que costuma aparecer depois da 26ª semana”, diz o médico.

Segundo ele, no início do pré-natal, as pacientes não costumam apresentar sintomas – no decorrer da gestação é que surgem as dificuldades, e por isso o acompanhamento é tão importante para diagnosticar eventuais doenças.
As recomendações a serem seguidas nas gestações de alto risco dependem do perfil da grávida e da gravidade da condição. Para quem acredita que somente o repouso ajuda nesses casos, Dr. Ogeda faz um alerta: “Há ocorrências em que a mulher possui diabetes ou hipertensão e a atividade física é importante para o seu tratamento, assim como o descanso é necessário nos casos de gestação múltipla ou risco de parto prematuro”, esclarece.

Dados do Ministério da Saúde apontam que, nos últimos dez anos, houve um aumento de 27% no número de nascimentos prematuros no Brasil. Segundo o órgão, bebês que nascem com menos de 500 gramas são considerados abortos. Entretanto, Dr. Ogeda conta que já existem histórias de recém-nascidos com até 400 gramas que sobreviveram. “Obviamente, o risco de sequelas é muito grande. Mas, atualmente, os bebês prematuros que nascem com 600 a 800 gramas têm muito mais chances de sobrevida nos centros mais avançados dentro das Unidades de Terapia Intensiva Neonatal”, observa.

Riscos e tratamentos
Sem diagnóstico ou tratamento adequados, as consequências das gestações de alto risco podem ser graves. Elas incluem óbito do feto intrauterino, restrição no desenvolvimento e crescimento do feto e, nos casos da diabetes gestacional, podem resultar em um bebê muito grande e com complicações respiratórias, metabólicas e alterações da glicemia, que podem acontecer principalmente durante o período em que ele permanece no berçário. “Existem várias situações e elas dependem do momento do nascimento e também da forma como foi controlada a patologia da paciente”, realça Dr. Ogeda.

Todavia, ele relembra que o pré-natal é importante e recomendado a todas as gestantes, mesmo para aquelas que não apresentam risco. Em parceria com ginecologistas e obstetras, a medicina fetal auxilia a diagnosticar e, quando necessário, intervir em casos de alto risco, a exemplo de gestações múltiplas, passíveis de complicações obstétricas, principalmente em gestações de gêmeos univitelinos. “A medicina fetal também nos ajuda a fazer o diagnóstico precoce de malformações fetais, realizando, quando necessário e indicado, intervenções cirúrgicas e procedimentos terapêuticos e invasivos. Assim, o feto consegue ter uma grande melhora no seu estado intraútero e posteriormente na sua vida, quando ele nascer”, finaliza o médico.

Trigêmeos acima dos 30
Há sete anos, a empresária Simone Hunold, 42, tentava engravidar pela segunda vez por meio da técnica de fertilização in vitro. Mãe de uma jovem de 18 anos, ela queria mais um filho para completar o círculo familiar. Entretanto, não fazia ideia da grande surpresa que a esperava quando, finalmente, conseguiu engravidar: o exame detectou trigêmeos. Com 35 anos na época, Simone ficou assustada com a perspectiva de que sua gestação, considerada de alto risco, pudesse ter maiores complicaçõe: “Eu sou uma mulher pequena, não conseguia imaginar ter três bebês de uma só vez”, recorda.

De acordo com Dr. Ogeda, médico que a acompanhou e realizou o parto, a gestação era de alto risco tanto por ser trigemelar quanto pela idade de Simone, além de outros fatores: “Havia perigos para a mãe, como o aumento do risco de doença hipertensiva específica da gestação, de diabetes gestacional, de complicações cardiovasculares e de hemorragias maternas – principalmente no parto”, explica. Para os fetos, a maior ameaça era a prematuridade, tendo como consequências complicações pulmonares, infecciosas, hemorrágicas e metabólicas, mas havia também maior probabilidade de malformações fetais e cardíacas.

Para que tudo ocorresse bem durante o período de gestação o médico recomendou a Simone duas atitudes importantes: seguir a dieta estipulada e repouso constante. “Eu não podia engordar muito e o máximo que eu fazia de esforço era caminhar. Mas foi uma gravidez tranquila”, lembra. A partir da 27ª semana Simone começou a sentir contrações, consideradas normais pelo médico, que pediu dessa vez o repouso absoluto, tentando adiar o parto até pelo menos o sétimo mês. Durante um fim de semana, ela ficou internada realizando exames laboratoriais e ultrassonografia. Mesmo assim, após uma semana, Simone retornou ao hospital, desta vez porque houve a ruptura da bolsa. Os bebês (dois meninos e uma menina) nasceram na mesma noite. “Eles ficaram internados na Unidade Neonatal do Hospital Samaritano por três meses devido ao baixo peso e complicações no pulmão, mas quando saíram estavam saudáveis e não tiveram mais nenhum problema”, conta orgulhosa.

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